O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas caiu 0,7 ponto em novembro, para 81,7 pontos, registrando a segunda queda consecutiva. Em termos de média móvel trimestral, o ICC subiu 0,5 ponto, registrando a quinta alta consecutiva, porém em ritmo de desaceleração.
“O resultado reflete o aumento da incerteza relacionada à pandemia e seu potencial impacto sobre a economia. Com o provável fim do período de benefícios emergenciais, muitos consumidores que perderam o emprego este ano devem retornar ao mercado de trabalho num momento em que as empresas ainda estarão adiando contratações ou demitindo, principalmente no caso de ocorrência de uma segunda onda de covid-19. O início de um amplo programa de vacinação em 2021 é uma esperança para a melhora da confiança”, afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens.
Em novembro, houve piora tanto na satisfação dos consumidores em relação à situação atual quanto das expectativas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) cedeu 0,6 ponto, para 71,8 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou 0,9 ponto, para 89,3 pontos.
A análise por faixas de renda mostra que houve recuo da confiança das famílias com maior poder aquisitivo e acomodação para as famílias de menor poder aquisitivo. A confiança das famílias com renda acima de R$ 9,6 mil registrou queda de 3,1 pontos, influenciada pelo pessimismo relacionado tanto à economia quanto às finanças familiares nos próximos meses. (Foto shutterstock)