0 processo de evolução digital que vinha engatinhando há pelo menos cinco anos causou calafrios no varejo e obrigou líderes a tomarem decisões velozes para transformar o passado em presente e otimizar a performance dos negócios. Consequentemente, as formas de consumo foram colocadas de cabeça para baixo e ondas tecnológicas influenciaram a forma de interação entre consumidores e marcas. Empresas retardatárias têm um tempo curto para se adequar ao novo PDV.
A prioridade, para começar com o pé direito, deve ser, olhar para a estratégia do negócio. Depois disso, é o momento de identificar dores, utilizar a tecnologia como meio para solucioná-las e engajar os colaboradores na execução desse processo. Um bom planejamento por trás disso tende a trazer uma execução de mudança bem-sucedida. O novo PDV do varejo de calçados e roupas é amparado pelos seguintes pilares: negócios, pessoas, processos e tecnologia. Mas e aí, o que muda?
O mesmo consumidor, novos hábitos. E agora?
Pelo histórico de digitalização do varejo, conclui-se que o consumidor de calçados e roupas estará cada dia mais omnipresente. Em breve, a maturidade da integração entre canais de uma marca dirá muito sobre ela, o que fortalece o papel estratégico do PDV na jornada de compra, porque é o ponto de encontro físico com o consumidor, que tem oportunidade de influenciar novas interações
Experiência orientada ao varejo sem atrito
Conhecido como frictionless retail, termo em inglês, significa varejo sem atrito. Em resumo, trata-se de proporcionar uma experiência de compra sem desgastes, barreiras ou fricções do início ao fim. Acompanhar os movimentos do consumidor (e, de preferência, antecipá-los) exige que as lojas sejam inovadoras, ágeis e inteligentes no uso de dados. Tentar fazer isso com base na cultura tradicional e analógica provavelmente será malsucedido.
O novo PDV do varejo de calçados e roupas significa repensar processos a fim de criar um ambiente conectado e dinâmico, que utiliza a tecnologia de forma eficiente e coloca o cliente no centro das decisões. Modernizar o ambiente da loja é uma forma de oferecer experiências de consumo mais rápidas, fáceis e convenientes.
Sete principais tecnologias que fazem parte do novo PDV
1 – Checkout mobile. Elimina filas e dá ao vendedor a possibilidade de oferecer um atendimento ainda mais personalizado e com pagamento rápido. Além de finalizar a venda em qualquer lugar da loja, imprime a nota fiscal e baixa o estoque.
2 – Carteiras digitais. Cashback e pagamento sem contato estimulam consumidores a utilizarem o pagamento via carteiras digitais. Oferecer ao cliente pagamento via QR Code integrado ao PDV com criptografia ponta a ponta agrega valor à experiência de compra, transmite segurança e cria uma percepção de que a loja é antenada em inovação. Além disso, oferece possibilidades de menores taxas com as adquirentes.
3 – Integrações. Quando pelo menos dois canais de vendas convergem, é possível afirmar que a loja tem uma operação omnichannel, por mais simples que ela seja. Integrar sistemas, como, por exemplo o e-commerce com o PDV, e automatizar rotinas como reserva de estoque, por exemplo, além de eliminar retrabalhos diminuindo o custo operacional, traz a segurança de que o consumidor será atendido sem desgastes.
4 – Provador delivery. A famosa mala de roupas ou calçados que vai até a casa do cliente para escolha no conforto do lar deve ser gerenciada pelo PDV. Dê adeus ao caderninho ou às famosas “gambiarras”. A gestão de estoque, o envio, o recebimento das peças com agilidade e a simplicidade no pagamento não presencial são essenciais nesse processo.
5 – Link de pagamento. Vendas no provador delivery, instagram, whatsapp, facebook e outros canais ganharam força em um pequeno intervalo de tempo. Finalizar a venda com pagamento por link integrado no PDV, com envio para o whatsapp do cliente e confirmação do pagamento diretamente pelo sistema, é algo que tem ajudado os lojistas a simplificar essa operação para o cliente, para o caixa e para o financeiro.
6 – Social selling. Dispor facilmente de fotos de produtos e montar looks para inspirar os clientes na hora de compor o novo visual passa a ser um dos papéis do vendedor, que tende, cada vez mais, a se relacionar com os clientes e vender através de canais de comunicação digitais. O novo PDV dispõe de um aplicativo de social selling, no qual o vendedor tem acesso a todo o estoque da loja para prestar atendimento personalizado, com pagamento por link integrado e opção de retirar na loja ou receber em casa.
7 – CRM . O potencial de crescimento nas vendas, tanto da loja física, quanto da online, deve ser explorado. Informações simples e fáceis de analisar podem ser extraídas em poucos cliques no CRM do novo PDV. Quando utilizadas corretamente, contribuem no crescimento das vendas.
Para fazer a gestão dos resultados da loja, visões interligadas e que, na medida em que são alimentadas por mais dados, ficam mais inteligentes são essenciais. Uma ferramenta de BI (business intelligence) fácil e intuitiva, desenvolvida em parceria com lojistas do mercado de calçados e roupas, deve ser considerada nessa transformação. Encontrar respostas na hora certa e iniciar isso antes da concorrência importa.
Mudança em tempos difíceis x resultado
Algumas decisões relacionadas à mudança são desafiadoras para os empreendedores. Investimentos difíceis para serem realizados num momento tão delicado são determinantes para corrigir a rota, antes que fique grande demais a distância entre os competidores que deram a largada antes. É uma jornada sem fim e é preciso começar.
Autor: Rodrigo Roland, CEO da Data System Software
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