O anúncio da venda da Mizuno no Brasil pela Alpargatas à Vulcabras Azaleia repercutiu positivamente no varejo de calçados. Para o presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Artefatos e Calçados (Ablac), Marcone Tavares, o negócio representa a valorização das empresas calçadistas e terá reflexos em toda a cadeia produtiva. “Tanto o varejo quanto os consumidores terão benefícios com a incorporação da Mizuno pela Vulcabras, que é uma empresa especializada em calçados esportivos e poderá elevar a marca a um novo patamar no mercado brasileiro”, afirma.
O negócio foi anunciado nesta segunda-feira pelas duas empresas. “Adquirimos a robusta operação da Mizuno no Brasil para ampliar ainda mais a nossa relevância no segmento de artigos esportivos. Colocaremos à disposição das nossas marcas Mizuno, Under Armour e Olympikus o maior Centro de Desenvolvimento e Tecnologia da América Latina e uma moderna fábrica, capaz de produzir qualquer tênis do mundo”, comenta Pedro Bartelle, CEO da Vulcabras.
A companhia já era detentora da Olympikus, maior marca esportiva brasileira, e adquiriu, em 2018, a gestão nacional da terceira maior marca do setor no mundo, a Under Armour. Agora, com a compra da japonesa Mizuno, focada em running de alta performance, a Vulcabras Azaleia aumenta seu protagonismo no cenário esportivo.
Com estratégias de posicionamento e equipes de negócio individuais, as marcas usufruirão de todos os diferenciais que fazem da Vulcabras Azaleia uma companhia competitiva. “Temos flexibilidade na produção, rapidez na reposição e agilidade na distribuição. Esse conjunto nos torna presentes e competitivos em todo o território brasileiro, devendo nos fazer ganhar cada vez mais espaço no mercado. A rapidez de reposição da nossa empresa, particularmente, faz com que nossos clientes consigam se abastecer de maneira mais segura, sem ter que assumir compromissos com muita antecedência e, dessa maneira, possam planejar seu negócio de forma mais assertiva”, complementa Pedro.
O fechamento da negociação, de R$32,5 milhões em ativos, está condicionado à conclusão dos contratos com a Mizuno Corporattion e sujeito à validação e autorização do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Após essa etapa, o acordo estará concluído e a operação será iniciada. Com o contrato, a empresa poderá desenvolver e produzir itens da Mizuno, incluindo calçados, vestuários e acessórios, distribui-los em território nacional e/ou comercializá-los diretamente ao consumidor, através de lojas próprias e/ou canais eletrônicos, por período inicial superior a dez anos. A Mizuno está há mais de 20 anos no Brasil e faturou, aproximadamente, R$ 444 milhões em 2019.