Entre abril e junho, 135,2 mil lojas fecharam as portas em todo o Brasil, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC). Trata-se de um recorde, batendo até mesmo a crise de 2015-2016.
A perda equivale a 10% do número de estabelecimentos comerciais com vínculos empregatícios existentes antes da crise sanitária, segundo cálculos da entidade, e totaliza 500 mil vagas de trabalho fechadas.
O pior resultado foi identificado em São Paulo, com 40,4 mil pontos de venda encerrando as atividades. Em seguida, estão Minas Gerais (16,1 mil), Rio de Janeiro (11,4 mil), Rio Grande do Sul (9,7 mil) e Paraná (9,5 mil). Para o levantamento, a CNC considera estabelecimentos que geram, ao menos, um emprego.
Ramos x perdas
Ramo……………………………. N° de lojas fechadas……. % sobre pré-pandemia
Utilidades domésticas………. -35,3 mil…………………… -12,9%
Vestuário, tecidos,
calçados e acessórios……….. -34,5 mil…………………… -17,0%
Comércio automotivo………. -20,5 mil……………………. – 9,9%
Informática e comunicação. -1,2 mil………………………. -3,6%
Apesar do quadro grave do varejo, a recuperação das vendas tem surpreendido positivamente o chefe da Divisão Econômica da CNC, Fábio Bentes. Ele destaca o menor índice de isolamento social das últimas semanas, o aumento do e-commerce e, principalmente, o auxílio emergencial que elevou a renda de boa parte da população no período.
“A recuperação em “V” do volume de vendas do setor deverá se consolidar já no início do segundo semestre, conforme projeta Bentes. A letra é usada para simbolizar uma forte queda seguida por uma recuperação na mesma intensidade e que ocorre em um curto prazo.