Muito em breve, o consumidor poderá utilizar seu cartão de débito também nas compras pela internet. Alguns bancos estão prontos para usar a nova tecnologia e permitir a inserção do CD no comércio eletrônico, preservando a segurança do cliente, de quem vende e do emissor.
“É uma operação sensível a risco, porque o cartão de débito tem relação direta com a conta corrente do usuário. Por isso, antes que a autorização de débito aconteça, será feita a identificação do usuário para assegurar a sua autenticidade e permitir o prosseguimento da compra”, afirma Hugo Costa, diretor executivo da Visa no Brasil, destacando que a novidade será a grande janela de incremento de transações no comércio eletrônico brasileiro.
Conforme Costa, este é um exemplo de como os meios de pagamento vêm evoluindo no Brasil e colaborando para a experiência do cliente e as atividades de empresas de todos os setores, como o varejo. Hoje, o consumidor dispõe de soluções que lhe permitem escolher e, em todas elas, pagar com rapidez e segurança. Uma realidade bem diferente de alguns anos.
“Tudo hoje nos parece mais fácil e rápido e sem os mesmos riscos do passado. Houve um tempo em que essa operação, ainda por cima, era extremamente demorada e burocrática. A gente até apagou da memória a imagem do vendedor com nosso cartão de crédito em mãos fazendo uma consulta telefônica para saber se tínhamos limite de crédito. A evolução rápida e constante dessa experiência é fundamental para o comércio e para os clientes. Segurança de dados, credibilidade e usabilidade são centrais na transformação digital”, comenta o jornalista Igor Lopes, especialista em transformação digital.
“Assim como o atendimento propriamente dito, a hora de efetuar o pagamento também reflete sobre a experiência do cliente na loja”, destaca Costa. Conforme ele, depois da maquininha de passar cartão, do cartão com chip, dos celulares e dos apps, outra novidade que começa a surgir são os equipamentos que viabilizam o pagamento por de aproximação, tecnologia conhecido como contactless ou NFC (Near Field Communication).
No Brasil, ainda são poucos os cartões que utilizam a tecnologia NFC, que permite que, além da forma tradicional, o pagamento seja feito por aproximação. Nesse caso, basta aproximar o cartão a cerca de cinco centímetros do leitor de pagamento e aguardar o sinal de autorização. A operação pode ser feita em qualquer maquininha de cartão que tenha o símbolo Contactless, indicando a compatibilidade do equipamento com a tecnologia.
Além da usabilidade e da segurança (inclusive de quem vende), a nova tecnologia colabora para a experiência do cliente, que deve sentir-se bem no início, no meio e no fim do processo de compra. Fatores intangíveis, entretanto, podem influenciar a disposição do consumidor, como um acontecimento como a pandemia de Covid-19 ou algo mais pontual, como uma notícia sobre um ataque massivo a sites de comércio eletrônico. Então, os meios de pagamentos devem ser agentes de eliminação de obstáculos e contribuir para a compra, e não para dificultá-la.
“Experiência do cliente começa muito antes do serviço e nem sempre pode ser controlada”, acentua Costa. “Transmitir segurança em relação à inviolabilidade dos dados é essencial”, acrescenta. Em tempos de Covid-19, outro fator deve ser objeto de atenção por parte de empresas e lojas. Há risco de contágio ao se colocar o cartão e digitar a senha, por isso os equipamentos precisam ser higienizados com frequência.