O Grupo Sinos, por meio dos jornais NH e Exclusivo, apresentou nesta quinta-feira, 23, o primeiro de uma série de eventos online que abordarão os principais impactos do atual cenário econômico no setor coureiro-calçadista, cujos efeitos do Coronavírus são superiores aos de outros segmentos econômicos.
No primeiro debate, mediado por Luana Rodrigues, editora-chefe do Jornal Exclusivo e da Revista Lançamentos, Eduardo Smaniotto, diretor da Associação Brasileira de Lojistas de Artefatos e Calçados (Ablac) e diretor comercial da Luz da Lua, de Novo Hamburgo/RS, e Wesley Barbosa, diretor-executivo da Ablac, de Goiânia/GO, debateram as ações que o varejo vem realizando para a retomada das suas atividades, que já corre de forma controlada em diversos estados.
Um dos destaques é a preparação de equipes e estratégias para os meses seguintes, em que as vendas deverão ser inferiores às de igual período de 2019. “É difícil prever cenários neste momento, mas é necessário que se preveja”, enfatiza Smaniotto, que sugere ser o mais realista possível e menos otimismo neste processo, para que os resultados possam surpreender positivamente.
Conforme Smaniotto, embora reduzido, o consumo de calçados se mantém, pois as pessoas têm uma necessidade de consumo. As vendas à distância e o e-commerce têm ajudado pouco as lojas neste momento de quarentena e distanciamento social.
Para Wesley, a maioria dos lojistas não estava preparada para a crise e não acreditava na venda online até então, pois em geral o consumidor gosta muito de tocar e experimentar o produto. “Quem estava preparado está tendo bons resultados e conseguindo se sobressair neste momento de crise”, disse. Barbosa acentua que o varejo de calçados, com a crise, vem se digitalizando e, depois dela, as relações de consumo entre lojistas e consumidores serão muito diferentes.
“A crise veio como um acelerador do processo de digitalização que, especialmente, as grandes redes de lojas tinham planejado realizar ainda este ano e nos anos seguintes”, acrescenta Smaniotto. Conforme, os investimentos a curto e médio prazo dos lojistas será direcionado à digitalização dos pontos de vendas existentes e menos à abertura de outros novos. “O canal físico não vai desaparecer. Ao contrário, será cada vez mais integrado com outros canais para servir ao consumidor da forma como ele deseja”.
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