Depois da declaração da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a pandemia de coronavírus, a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) e a Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce) estiveram reunidas nesta segunda-feira para estudar formas de reduzir o impacto negativo sobre o varejo e a economia como um todo.
As entidades irão se reunir, nos próximos dias, com representantes do governo federal para discutir a flexibilização na cobrança de impostos sobre comércio e serviços. A entidade estará atuando em prol dos lojistas em ações de revisão e negociação para os que estiverem com maior dificuldade.
“Os shoppings são centros de compras e serviços e hoje incluem atividades como supermercados, laboratórios, farmácias, clínicas médicas, bancos, serviços essenciais e lojas. Por esse motivo, estuda-se a possibilidade de redução no horário de funcionamento, mas não o fechamento dos estabelecimentos.”, afirma, Nabil Sahyoun, presidente da Alshop.
Como medida preventiva, os shoppings irão reforçar os protocolos de limpeza e desinfecção de áreas comuns e ampliar as medidas de higiene entre os colaboradores e no contato com os clientes. “A classe varejista têm grande importância na economia do país e a Alshop vai trabalhar ativamente para defender os empresários e beneficiar o consumidor durante esse período de dificuldade. Os empreendedores do varejo são responsáveis pela maior geração de empregos do país e nós vamos trabalhar juntos para diminuir esses impactos”, complementa, Nabil.
Impactos até o momento
As medidas anunciadas pelas autoridades públicas incentivando as empresas a praticarem o home office com os seus colaboradores devem impactar diretamente no comércio. Da mesma forma, os consumidores devem evitar aglomerações, o que já fez o movimento das lojas de shopping cair em torno de 30%.
“Faremos um levantamento mais conciso nos próximos dias para entendermos os impactos, que serão diferentes em cada região do país e segmento específico, enquanto atuaremos mais próximos do governo em busca de condições mais favoráveis para a atividade comercial”.
Até o momento, não há medidas restritivas para alterar o horário de funcionamento dos shoppings ou fechamento desses estabelecimentos. “Além de pleitear as possíveis isenções de impostos, essa semana será fundamental para traçarmos estratégias para que o surto seja controlado e as empresas varejistas voltem a ter faturamento”, finaliza Nabil.