Criada em 2018 pelo grupo Cosan, com atuação nos setores de energia e infraestrutura, a fintech Paylay quer transformar o mercado de pagamentos no Brasil. A proposta da empresa é reduzir custos para lojistas, prestadores de serviço, empresas em geral e consumidores através de uma plataforma digital, simples e prática.
De acordo com o CEO da empresa, Juliano Prado, a startup não trabalha com cartão de crédito, o que permite reduzir custos para lojistas, que são, em média, de 2,7% no crédito e 1% no débito, para 0,1%. Prado explica que isso é possível porque os cartões carregam uma série de custos de intermediários, da administradora à adquirente, passando pelo risco de fraude.
Pagamento no dia seguinte a lojistas
A ideia é tirar todos os custos e pagar aos lojistas no dia seguinte. “Nada de pagamento em 30 dias”, afirma. Conforme ele, durante o piloto feito com 2,5 clientes entre setembro e dezembro de 2018, a empresa viu, na prática, que os lojistas repassam essa redução integral ou em parte ao consumidor e passam a ser os maiores vendedores da Payly, porque ganham mais.
Prado explica que a empresa faz conexão com vários bancos, permitindo carregamento da carteira direto no aplicativo do banco que o cliente usa no celular, por exemplo. “É uma das formas de rechear a carteira”, detalha.
Uma das razões que levaram a Cosan – que fatura R$ 40 bilhões, boa parte de forma pulverizada, em postos de combustíveis – a investir na área é o alto custo das transações financeiras. A meta da empresa é digitalizar totalmente as suas operações, porque a geração de boleto, DOC ou TED tem custo elevado. Na transação digital, o custo é zero.
O projeto que deu origem à Payly foi desenvolvido em conjunto pela Cosan (que recentemente vendeu 25% da empresa ao Banco Topázio, do investidor Ernesto Corrêa da Silva, ex-sócio da GetNet), e pela 4all, com sede em Porto Alegre/RS.