Abicalçados, Francal e Ablac realizaram encontro com a imprensa nesta terça-feira, 17, segundo dia da Francal 2018. Participaram o presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein, o presidente da Francal, Abdala Jamil Abdala, e o presidente da Associação Brasileira dos Lojistas de Artefatos e Calçados (Ablac), Marcone Tavares.
Abdala abriu a coletiva lembrando os 50 anos da Francal, seu papel no desenvolvimento do mercado calçadista e as novidades desta edição, que oferece uma experiência completa de feira, com muitos negócios, informação e experiências.
Na oportunidade, Klein destacou que, apesar dos indicadores negativos, tanto no mercado doméstico como internacional, a “saúde intramuros do setor permite projeções melhores já no segundo semestre”. “Hoje, o setor está maduro e atento às questões de caixa, mantendo a redução de custos até o momento em que a situação esteja normalizada”, pontuou.
Segundo ele, essa situação coloca uma possibilidade de almejar um segundo semestre positivo, especialmente para as empresas que estejam com estratégias definidas no mercado internacional, em razão da cotação cambial favorável para formação de preços mais competitivos.
“As coleções de verão, apresentadas durante a Francal, e que também serão expostas nas feiras internacionais nesta segunda parte do ano, devem dar um impulso às vendas de calçados. É a estação mais vendedora para os fabricantes brasileiros”, projetou o executivo.
Boas perspectivas para varejo
O presidente da Ablac apresentou uma pesquisa realizada pela entidade em parceria com a Kantar Worldpanel, que aponta para uma queda de 1% nas vendas domésticas de calçados no comparativo entre maio deste ano com o mesmo período de 2017. Por outro lado, Tavares destacou a melhora na frequência de compras (de 13,8% no comparativo entre julho do ano passado e maio de 2018), o que permite boas expectativas para o varejo ainda em 2018.
“O aumento na frequência significa mais oportunidades para a loja física, desde que essa entenda que o consumidor atual busca uma experiência diferenciada de compra”, comentou o dirigente.
Para ele, o varejo do segmento deve crescer na faixa de 2% na segunda parte do ano, tanto em função do aumento da frequência de visitas ao varejo como de uma demanda reprimida dos últimos semestres. “Para 2019, as projeções são melhores, mas essa expectativa depende também do fato político, as eleições de outubro”, concluiu. (Fonte: Primeira Página/Abicalçados/Ablac)