O Talk Shoe, ciclo de palestras rápidas promovido pela Abicalçados na Francal 2017, enfatizou o papel cada vez mais importante do consumidor na construção da marca e criação de produtos. Na abertura do evento, o professor da ESPM-Sul Diego Costa Pinto apresentou as mais relevantes tendências em branding e o caminho para as marcas trilharem na construção de seu conceito, posicionamento de mercado e compreensão de seu público-alvo.
Segundo ele, branding é “tudo aquilo que fala sobre a sua marca quando você sai da sala”, ou seja, o que o cliente efetivamente pensa sobre ela. Outro ponto enfatizado foi a moda agênero, que é cada vez mais procurada e valorizada pelo consumidor, que está se desprendendo dos tradicionais rótulos “feminino” e “masculino”.
O especialista reforçou que possuir um DNA é algo imprescindível para o futuro das labels. “As marcas não podem viver de tendências, precisam sobreviver a elas e oferecer algo mais, como conceito, originalidade, relacionamento e experiência, pois, devido à imensa quantidade de informações que a sociedade tem acesso e a concorrência em constante crescimento, o tempo do consumidor está cada vez mais precioso e é preciso aproveitá-lo ao máximo para garantir que a sua experiência com a marca traga uma conexão emocional”.
Engajamento
A regra principal para o sucesso de vendas num mercado cada vez mais concorrido e exigente foi tema da palestra do professor e coordenador dos cursos de Pós-Graduação da ESPM-Sul. Artur Vasconcelos destacou que o êxito da empresa, independentemente do setor, está no grau de envolvimento com o cliente, inclusive na cocriação, não somente de produtos, mas em todos os processos da marca.
Segundo Vasconcelos, para gerar cocriação de valor para a marca, é preciso estar atento aos sinais do consumidor, o que só é possível por meio do diálogo contínuo – hoje mais fácil por meio das redes sociais na internet, do estímulo a criações que estejam contextualizadas e da inovação em ambientes físicos, mais informais e despojados, que ajudam nos processos de cocriação.
O especialista, por fim, frisou que no setor calçadista existe um “universo de oportunidades”, pois os calçadistas ainda se limitam a cocriação apenas de produto, não envolvendo o consumidor nos demais processos de desenvolvimento das marcas.